Disciplina severa pode ser positiva para a criança, diz estudo

Foto: Getty Images
Ser um pai rigoroso é bom para as crianças, desde que a disciplina seja acompanhada de amor e carinho. Um estudo feito com adolescentes, divulgado pelo jornal Daily Mail, descobriu que os efeitos de uma disciplina severa, como broncas verbais e até palmada, não são negativos quando compensados pela sensação de ser amado. Segundo os pesquisadores, ser punido durante a infância dificilmente leva a um comportamento antissocial, desde que a criança perceba que a bronca é justa.
O uso de disciplina severa em jovens é algo controverso, pois já foi apontado que isso poderia levar a um risco maior de tendências agressivas, delinquência e hiperatividade. No entanto a nova pesquisa publicada no jornal Parenting: Science and Practice sugere que uma bronca ou um tapa podem ser moderados por um sentimento de ser amado por quem exerce a punição.
O estudo foi realizado com um grupo de adolescentes mexicanos-americanos e descobriu que a percepção de calor maternal desencorajava comportamentos antissociais, mesmo quando os pesquisados tinham sido criados sob disciplina rígida. A médica Miguelina German, da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, explica que a “teoria do apego” prega que esse sentimento de um pai amoroso e responsável é um fator crítico para gerar felicidade e segurança nas crianças. A ideia de que os pais as amam e protegem protege as crianças contra o sentimento de rejeição, mesmo quando estão sendo disciplinadas duramente.
Segundo a especialista, o uso de disciplina rígida não leva automaticamente a um comportamento antissocial. "A relação entre os dois é condicional e está sujeita a outros fatores. Onde práticas disciplinares severas são uma norma cultural, há sempre outras influências em jogo, que pode diminuir seus danos potenciais sobre a criança", defende.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido que crianças criadas sob uma disciplina severa têm mais chances de se tornarem adultos ajustados. Segundo os estudos, pais que mantém um comportamento “autoritário”, mas ao mesmo tempo carinhoso, costumam criar adultos mais competentes.
 
Fonte: Terra

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