"Sou uma excelente babá, o que os americanos
chamam de 'soccer mom'. Acompanho meus filhos em todos os lugares. Levo para
treinar futebol e fico lá, esperando, no frio."
Essa com certeza não é a primeira imagem que vem à
mente quando alguém pensa em Diogo Mainardi, o colunista mais ácido dos anos
Lula, aquele que chamava o ex-presidente, entre outras coisas, de gordinho
oportunista. Mas é, segundo o próprio, a que melhor define sua vida hoje.
Mainardi, 48, mudou? Em vários aspectos, sim. 2010
foi um ano de abandonos. Abandonou o gosto de escrever sobre política nacional
e de interferir no debate do país em uma coluna semanal que teve na
"Veja" por quase 12 anos. Abandonou o Rio de Janeiro, onde morava
desde 2003.
"Passei a dar ainda mais valor à minha introspecção
familiar. Tudo tem dimensão microscópica na minha vida hoje, e meus interesses
são bastante pequenos", afirma.